sexta-feira, 29 de agosto de 2008

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CorpusJose Ignacio Prieto de Pico - El grito
El grito por Jose Ignacio Prieto de Pico.


A argila
Carne que perambula
Vermes – e alma –
Só tornará calma
Se argila tornar Ser

O barro não morre o corpo
Sedento de espírito vira anti-corpo!

E quando a morte se dera
Na alma do corpo que se fizera
Verás desta vida apenas quimera

Santificada seja a morte que me retorna à vida da terra!

Somente lá estarei concluído
Somente lá jamais serei vencido
Somente lá terei a paz sem guerra

 

João Batista do Lago

Heroínas

Cassandra

 

Já fui Ceci
envolta em plumas e penas.
O sonho de Peri.
Vivi delicias plenas

e suplícios,
transvertida em Lúcia.
Lucíola e seus
vícios.

Ressaca tomou-me os olhos
de Capitu.
Nadei em ondas revoltas.
Iracema de Caramuru.

Cabelos negros asa de graúna,
lábios de mel.
Nos confins do pampa.
Coxilha e céu.

Fui Ana Terra.
Fui Bibiana,
e no sertão Tereza.
Sempre Tereza...
Cansada de Guerra.

 

Sônia (Anja Azul)

 

Perdidos e achados num convés
Así será por Maria Eugenia Sampaoli
Así será por Maria Eugenia Sampaoli

Hei fantasma não quero mais brincar
Que graça tem brincar de fantasma?
Vento morno, esconde-esconde,
Quando minha vontade é de voar
Voar sete saias de alma
E sentir o coração disparar

Larguei esse baú no fundo das águas
Cansei desse baile de máscaras,
Dessa música de fundo, fundo de mar,
Das mil e uma cartas sem respostas,
E desse seu, apenas, conjugar de verbos

levo na mão a palma
-metade de um mapa-
Carrego o vento nos cabelos,
O olhar enigmático das fadas,
E pra semear, o amor entre os dedos

Trago as asas de um sonho que brotou nas minhas costas,
As flores de março, quadris da floresta,
Cravejado no coração da mata,
E do acaso as longas pernas

Abigail Brasil

 

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