quinta-feira, 18 de setembro de 2008

PRELÚDIO


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PRELÚDIO

 

© DE João Batista do Lago

 

Sei-te senhor da sabedoria

Sei-te ordenador das luzes

Sei-te fonte de toda caloria

 

Sabes tão pouco do meu ódio

Sabes tão pouco da praga que te jogo

Quando surges, a leste, no teu exórdio:

Ladras manhãs que me roubam.

 

Prefiro teu epílogo quando queda no oeste!

 

Neste instante todas luzes brilham

Todas as estrelas cintilam e bailam sob os telhados

Todos os astros se acomodam

 

É quando surge minha aurora:

Desnuda!

Voa em minha direção e me abre os braços

- e as pernas! –

E num só enlaço me leva ao mais profundo dos mundos

Sol de todas as fontes de felicidades...

 

Mesmo que na manhã seguinte renoves teu discurso

- ainda assim –

Aguardarei o poente da tua sabedoria

Donde surgirá em beleza esplêndida

Nua

Carnuda

Desnuda

Trazendo-me todos os louvores e augures

A mais bela amante da minha alegoria...

 

(E cantamos na inteira noite o prelúdio das cigarras!)

 

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